Olá, leitores, tudo bem com vocês?

No post de inauguração do blog, gostaria de dividir a minha última conquista com vocês, que tanto me motivam a continuar escrevendo.

Lembrando que: acima de tudo, este é um texto sobre coragem.

Esta semana tomei posse da 18° cadeira da Academia Parauapebense de Letras (APL), tendo como patrono José de Alencar. Esse foi um dos momentos mais lindos que vivenciei, desde que me assumi como escritora, e preciso compartilhar o caminho que percorri nos últimos dois anos até chegar a esse convite.

Eu sempre tive muito medo de mostrar o meu trabalho aqui na cidade onde moro, primeiro porque é extremamente difícil achar os leitores. Segundo, na minha cabeça (até o início de 2019), as pessoas um dia me reconheceriam por divina revelação (hahahahaha). Mas, no ano passado, resolvi dar um empurrãozinho e não esperar as coisas caírem do céu no meu colo.

Há exatamente um ano, quando cheguei da Bienal do RJ, descobri que aconteceria um importante evento literário local e, como estava cheia de gás depois de uma sessão de autógrafos em uma feira internacional, encontro com leitores, abraçar escritores que admiro etc… Tomei coragem, coloquei meus livros na mala e cheguei como quem não quer nada, com bottons dos meus livros pendurados na roupa, distribuindo marcadores pelos estandes de vendas e para os visitantes.

Cheguei ao estande de uma livraria, depois da associação paraense, em seguida da APL, me apresentei como autora publicada e perguntei (na maior cara de pau) se poderia deixar meus livros expostos lá. A maioria deles não fazia a menor ideia de quem eu era, mas quando viram que eu não tinha ido a passeio, quiseram saber um pouco mais de mim e como eu tinha escrito tantos livros, sem que eles fizessem ideia disso.

Foi lá que surgiu o convite, que recusei prontamente, pois não me sentia capacitada para tanto. No entanto, em todas as vezes que meu nome apareceu nas mídias nos últimos meses, os membros fundadores tomaram conhecimento e acabaram analisando meu currículo. Há aproximadamente 15 dias, eu recebi uma ligação, me informando que tomaria posse da cadeira 18°, em 15/09, sem me dar espaço para recusa.

O que eu quero mostrar a vocês com este relato (que ficou grande, eu sei!), é que nós precisamos ter coragem de assumir as rédeas da nossa vida sem medo e ir atrás dos nossos sonhos, sem esperar que alguém te note quietinho ali em um cantinho escuro.

Se tem uma coisa que aprendi com a Lilian Cardoso, nos últimos 10 meses, é que precisamos ter coragem de ir à luta. Então, não adianta ficar reclamando que não tem oportunidade, se você não faz absolutamente nada para que elas cheguem até a sua vida, portanto, tenha atitude e saia da sua zona de conforto.

Ps: desculpem o textão, a escritora que habita em mim queria mesmo era escrever um conto. 

Beijos e até breve!